Em resumo, o presidente Nilton Macedo
Machado demitiu dois integrantes do departamento de Futebol – Carlos
Arini e Chico Lins – e liberou todos os atletas do empresário Eduardo
Uram. São reformas superficiais e que não mexem profundamente no que
deve ser mexido. Na verdade, o que o Avaí fez, na prática, foi eleger os
vilões e dizer para a torcida que eles estavam fora do clube. Neste
pacote então, Carlito, Chico e Uram são os vilões, o clube “identificou
os problemas” e agora eles não mais existem. A mensagem implícita que
fica é que eles foram os responsáveis pelo rebaixamento e, por isto,
estão fora do clube. O que é um erro. A primeira coisa que o presidente
do Avaí deveria fazer na coletiva deveria ser repetir o presidente do
Vasco, Eurico Miranda, e assumir a responsabilidade pelo rebaixamento.
Se teve os méritos do acesso 2014, deveria ter assumido o rebaixamento
2015 também.
O departamento de futebol
Primeiro é preciso dizer que o departamento
de Futebol do Avaí foi montado ao contrário. Primeiro estava Chico Lins,
veio então Carlito Arini e depois teve poderes o vice-presidente de
Futebol Francisco Battistotti. O correto seria – para qualquer clube –
primeiro escolher o vice de Futebol, que iria montar, com gente de
confiança dele, o seu departamento. Como resultado dessa montagem às
avessas, o grupo do futebol do Avaí nunca se entendeu. Havia uma divisão
permanente. Chico e Arini de um lado e Battistotti de outro.
Autonomia
Chico Lins esteve praticamente sozinho no
departamento de Futebol no ano passado – o ano do acesso. Permaneceu no
departamento por este mérito. Carlito Arini voltou ao Avaí no início
deste ano com os méritos do título de 2012 no currículo. Battistotti era
para ser o homem do dinheiro – “da chave do cofre”, como o presidente
disse no discurso de posse – mas passou a comandar o futebol. Estava no
lugar errado, portanto. E amarrando as ações de quem tinha bagagem no
futebol, a dupla Arini e Chico. Um dos grandes erros da dupla foi
aceitar trabalhar sem ter total autonomia. Battistotti não deveria estar
no futebol e acabou também não conseguindo fazer a parte financeira do
clube: os salários atrasados mostram.
Eduardo Costa
O Avaí conversa com Eduardo Costa para
assumir o departamento de Futebol. O anúncio pode sair hoje, inclusive.
Mas há um maior entrave para o acerto. É justamente a questão da
autonomia. Eduardo Costa quer ter liberdade para trabalhar e reconstruir
o futebol do Avaí. E avalia que tem muita coisa para fazer. Se não for
com autonomia, não vai querer.
Nota do Blogueiro: Essa foi a coluna do jornalista Rodrigo Faraco no dia de hoje, ele conseguiu resumir em poucas palavras, o mesmo sentimento que tive quando ouvi a infeliz entrevista do presidente Nilton Amado Macedo. Falou-se mais do pastel do que a crise institucional e futuro do Avaí para a temporada de 2016. A única coisa que faltou neste texto, na minha opinião, foi dizer que o principal responsável por este caos é o presidente Nilton Amado Macedo. Não foi capaz de conter as ingerências no departamento de futebol, de cobrar das áreas responsáveis um patrocinador master decente e o principal de tudo, atrasou os vencimentos de atletas e colaboradores. Sem contar no excesso de poder a Francisco Batistotti. Um verdadeiro desastre no quesito administração e gerência!
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