Aula de futebol

Como nosso leão não jogava ontem fiquei em casa sem ter aquela obrigação de assistir a futebol, mas como não consigo ficar longe desse "vício" voltei as minhas atenções a estréia do Vasco na Libertadores da America. A estréia estava cercada de muita expectativa para mim, digo isto porque o Vasco em minha opinião foi o melhor time brasileiro e manteve a base do ano passado e ainda se reforçou.

Jogando em São Januário nenhum adversário deveria ser páreo para o gigante da colina, o jogo era contra o também tradicional Nacional do Uruguai. Que assistiu ao jogo viu uma aula do time uruguaio, marcando forte o tempo todo e no campo adversário nunca foi ameaçado pelo Vasco.

Com dois volantes extremamente marcadores e com muita qualidade com a bola nos pés engoliu o clube carioca. Com dois laterais que davam opção o tempo tempo e um ataque rápido e eficiente venceu o jogo sem se quer ser ameaçado. É bem verdade que o placar foi apertado, mas isso foi fruto do desperdício e preciosismo do time uruguaio.

O que me fascinou foi a forma tática do time do Nacional, mesmo jogando no campo adversário lotado não se intimidou e marcando forte sempre ganhava a segunda e terceira bola. Com a bola em seus pés fazia rodar e em certos momentos dava a impressão de ter muito mais atletas em campo do que o time brasileiro.

Reforço a minha opinião que nós (o futebol brasileiro) estamos indo na contra mão e invertendo os fatores, ao invés de colocar apenas burucutús marcadores que são dão porrada e carrinho é preciso colocar qualidade. Não quero aqui comparar a qualidade técnica do Nacional com a do AVAI por exemplo que é o que nos interessa, mas a maneira de jogar a coragem e a personalidade com toda certeza fizeram a diferença no jogo de ontem.

Espero um dia ver meu time de coração enfrentando qualquer adversário  de igual para igual independente de local, estádio ou situação. Mas para isso é preciso ter coragem, e muitos treinadores do futebol brasileiro tem mais medo de perder do que vontade de ganhar.